Jovens Com Uma Missão começou em 1956 quando um jovem estudante de 20 anos, Loren Cunningham passou algum tempo em oração enquanto viajava pelas Bahamas com um grupo de cantores. Deitado em sua cama ele viu o que chama de um “filme em sua mente”. Havia um mapa do mundo e ondas se quebravam sobre ele. As ondas começaram a se tornar jovens, milhares deles, espalhados para cada continente e compartilhando as boas novas sobre Jesus. O quadro se dissipou.
"És Tú mesmo, Senhor?"ele perguntou. Pode falar Senhor, estou ouvindo...foi a resposta. Esta idéia, radical naquela época, de que jovens podiam ser missionários, permaneceu com Loren. Quatro anos mais tarde, em 1960, ele começou uma organização com esta idéia expressa no nome: Jovens Com Uma Missão.
Hoje, Jovens Com Uma Missão (Jocum) cresceu para ser uma das maiores organizações cristãs. A história de como a Jocum começou e cresceu é um relato da direção de Deus e Sua graça em usar pessoas comuns de países de todo o mundo.
Para uma história detalhada de Jocum, por favor visite nosso website do 50º. aniversário: www.ywam50.com
1956: Início
Tudo começou com aquela visão. Em junho de 1956, Loren Cunningham um aluno de 20 anos da Faculdade da Assembléia de Deus em Springfield, Estados Unidos, passou parte de suas férias de verão em Nassau, Bahamas, como participante de um quarteto evangelístico. Enquanto estava lá, Loren teve uma experiência que mudaria sua vida. Ele a descreve: "Naquela noite depois de nosso compromisso para cantar, voltei para o quarto de hóspedes dos missionários com suas paredes brancas, sem decoração a não ser um quadro barato. Deitei-me na cama, dobrei o travesseiro debaixo da minha cabeça e abri minha bíblia, pedindo, rotineiramente, que Deus falasse em minha mente. O que aconteceu depois estava longe de ser rotina. De repente, eu estava olhando para um mapa do mundo. Só que o mapa estava vivo, movendo-se! Eu me sentei. Balancei a cabeça, esfreguei os olhos. Era um quadro em minha mente. Eu podia ver todos os continentes. Ondas se quebravam nas praias. Cada uma ia para um continente, e depois recuava, e avançava mais até cobrir completamente o continente. Prendi a respiração. Então, enquanto eu olhava a cena mudou. As ondas se tornaram em jovens – da minha idade ou mais novos – cobrindo os continentes. Eles conversavam com as pessoas nas ruas e nos bares. Eles iam de casa em casa. Eles pregavam. “Isso é você mesmo, Deus?” eu me perguntava, ainda olhando para a parede, surpreso. Jovens - quase crianças – saindo como missionários! Que idéia! E pensei, “Por que Deus me deu esta visão?”
No verão de 1960, Loren se formou na faculdade. Com experiência em liderança, e a visão em sua mente, ele se tornou pastor da Assembléia de Deus e o líder das atividades dos jovens em Los Angeles. Em memória de sua visão, Loren liderou uma viagem missionária para o Havaí, aprendendo enquanto prosseguia, e desenvolvendo a visão para Jocum. Seria uma organização que enviaria jovens depois do ensino médio para ganhar um senso de propósito antes de ir para a faculdade, e que receberia todos os cristãos, não importa a denominação. Foi uma visão que se tornou realidade em 1960.
Os anos 70: Dois hotéis, Um Naufrágio e Uma Visão
De dezembro de 1969 ao verão de 1970, a Jocum teve sua primeira escola, a Escola de Evangelismo, com um total de 36 alunos. O alojamento dos alunos e as aulas aconteciam em um hotel alugado e recém reformado em Lausanne, Suíça.
No final do ano, a Jocum comprou o hotel e teve sua primeira localidade permanente.
Mais tarde naquela década, outra escola da Jocum começaria. Uma escola que se tornaria o fundamento dos muitos programas de treinamento da Jocum. Em 1974, a Escola de Evangelismo era oferecida em Nova Jersey e em Lausanne. O líder da Escola em Nova Jersey, Leland Paris percebeu que muitos alunos da Jocum não tinham histórico cristão, tendo conhecido a Jesus através do “Movimento de Jesus” em 1970. “Eu me lembro de ter perguntado a um aluno qual era seu antecedente religioso e ele respondeu: ‘Drogas’” conta Leland. Depois de consultar com Loren e outros líderes da Jocum, Leland começou uma escola que focalizaria nos fundamentos bíblicos e desenvolvimento do caráter como também em missões. A Escola de Treinamento e Discipulado (ETED), rapidamente tornou-se popular e foi oferecida também na Nova Zelândia e Los Angeles, que acrescentou uma fase prática ao programa. Este formato: três meses de teórico seguidos por dois ou três meses de prático, é usado ainda hoje na maioria das Escolas de Treinamento e Discipulado. Até 1970, a Jocum tinha 40 obreiros de tempo integral. Naquele ano, Don Stephens encontrou um castelo para ser a base de Munique, Alemanha para 1000 obreiros voluntários da Jocum e ele começou a preparar uma campanha para os Jogos Olímpicos de 1972. Esta foi a primeira das muitas Campanhas da Jocum nas Olimpíadas. Juntamente com a campanha da Olimpíada, uma nova visão da Jocum veio a existir. A Jocum tinha três escolas acontecendo, e Loren sabia que deveria haver algo mais, e novamente, ele visualizou um navio para ministério nas cidades portuárias no mundo todo. Aquela visão deveria ser o instrumento para algumas lições difíceis para a crescente
família da Jocum nunca valorizar as ferramentas do trabalho de Deus acima do próprio Deus, e se passaram dez anos antes que o Anastasis fosse lançado como o primeiro de uma frota dos Navios de Misericórdia da Jocum – um ministério que desde então foi liberado como um ministério separado, levando esperança e cura aos necessitados nas cidades portuárias do mundo todo.
Em 1977, a Jocum alugou o Hotel Pacific Empress em Kona, Havaí e começou o processo de limpeza e renovação para transformá-lo no Campus da que, inicialmente, foi chamada Universidade Cristã do Pacífico e Ásia. No ano seguinte, foi fundado King’s Kids (A Turma do Rei), um ministério que envolve crianças e adolescentes em missões. A visão estava crescendo.
Os anos 80 – Crescimento
Equipes da Jocum começaram a visitar os campos de refugiados na Tailândia. Gary Stephens, irmão de Don Stephens, liderou uma equipe. Ele lembra:
"Eles fizeram o que até mesmo os refugiados não estavam dispostos a fazer: remover com uma pá os dejetos humanos, consertar os canais de esgoto, e os banheiros”. Gary relatou que os refugiados ficaram maravilhados. “Aqui estavam jovens que pagaram suas próprias passagens para vir e fazer um trabalho que ninguém mais queria fazer. Várias vezes eles receberam a oportunidade que esperavam: Quando alguém perguntava por que eles vieram...”
Em 1980 a Jocum tinha 1.800 obreiros de tempo integral. Dois deles, Steve e Marie Goode, ouviram sobre uma crise de refugiados na Tailândia, e decidiram ir lá para ajudar por três meses. Eles ficaram mais tempo, e terminaram liderando o ministério da Jocum nos campos de refugiados.
Enfrentando grandes necessidades o ministério da Jocum aos refugiados na Tailândia se tornou um esforço enorme. A resposta da Jocum cresceu nos anos 80. Só em 1992, os 90 jocumeiros e 4000 voluntários vestiram 53.500 pessoas, vacinaram 11.000 crianças por mês, treinaram 109 alunos em agricultura, distribuíram 44000 cartas por mês, e deram a 26 pastores um ano de treinamento Bíblico. A pressão de prover cuidados profissionais em grande escala forçou o ministério de misericórdia da Jocum a crescer. “O entendimento de que a Jocum operaria em três categorias principais – evangelismo, treinamento e ministérios de misericórdia – desenvolveu-se com o começo da crise com os refugiados cambojanos”, disse Don Stephens. Em 1984, Steve Goode, que é agora o Diretor Internacional de Ministérios de Misericórdia, escreveu: “ Onde nós trabalhamos há coisas que não são muito bonitas, e não muito conducentes a louvar a Deus.Como pessoas que fugiram de barco onde todas as mulheres foram estupradas; crianças abandonadas gemendo em sua angústia; pessoas que cortam você no meio; pessoas cujos olhos vazios e escancarados dizem que não há nada mais para esperar. No meio de toda esta dor podemos revelar o coração de Deus através da adoração, para mostrar às pessoas que nosso grande e amoroso Deus está presente na feiúra de um campo de refugiados para curar, restaurar e dar esperança aos desesperados.
Nos anos 80, quando o ministério de misericórdia da Jocum crescia, a liderança crescia também. Houve várias conferências estratégicas internacionais, nas quais os documentos fundamentais estabeleceram os propósitos da missão. Em uma delas, a Jocum abraçou a idéia de fundar igrejas. Em outra, foi rascunhada uma declaração de compromisso chamada Pacto de Manila. Muitas prioridades da Missão foram colocadas em uma declaração dos valores fundamentais da Jocum. Em 1985, Loren Cunningham passou o papel de diretor internacional da Jocum para Floyd McClung.
No final da década, a Jocum mudou o nome da universidade para Universidade das Nações (U. N) . O conceito da universidade da Jocum que abrangeria os programas de treinamento em centenas de localidades da Jocum foi desenvolvido por Loren Cunningham e um cientista e professor, Howard Malmstadt. Um homem de tal renome que lhe foi oferecida a presidência de uma grande Universidade Americana, Howard, aos 55 anos, deixou sua posição na Universidade de Illinois para se juntar à Jocum. Apesar de muitos de seus amigos e até mesmo sua esposa pensarem que ele estava “alucinando”, Howard se tornou o principal arquiteto da Universidade da Jocum.
De 1990 ao Presente: Olhando Com os Dois Olhos
Em 1991, os líderes internacionais da Jocum se reuniram no Egito, a primeira vez que se encontraram como grupo internacional no Oriente Médio. O líder do trabalho da Jocum no Norte da África foi convidado a participar desta reunião. Alguns meses antes da reunião, enquanto carregava umas estacas de barraca, ele tropeçou, caiu em cima das estacas de tal maneira que uma delas o cegou permanentemente de um olho. Quando chegou à reunião no Egito, Deus falou com os líderes da Jocum através deste acidente horrível. Um deles teve a impressão que Deus estava dizendo: “Vocês estão olhando para o mundo muçulmano através de apenas um olho”.
Com isso, os líderes sentiram que a missão toda deveria focalizar de uma maneira mais custosa e conjunta nas necessidades do mundo muçulmano. Dos tempos de oração que se seguiram, nasceram os 30 Dias de Oração pelo Mundo Muçulmano, o Pacto do Mar Vermelho Covenant e a Caminhada da Reconciliação. Nos anos subseqüentes, cada uma dessas iniciativas cresceu em partes significativas da história da Jocum. O Pacto do Mar Vermelho se tornou um dos documentos oficiais da Jocum. Os 30 Dias de Oração pelos Muçulmanos, inicialmente um esforço pequeno, apenas dentro da Jocum, foi abraçado por denominações e organizações no mundo todo. No ano de seu décimo aniversário em 2001, milhões de pessoas no mundo todo oraram pelas necessidades dos muçulmanos usando um milhão de manuais de oração produzidos em 35 idiomas. A Caminhada da Reconciliação viu cristãos andarem mais de 1600 quilômetros da Primeira Cruzada, proclamando de forma verbal e impressa seu arrependimento pela maneira como as Cruzadas apresentaram Jesus de forma inapropriada. A Caminhada marcou o 900º. Aniversário desta Cruzada, e terminou em Jerusalém em 1999. Mais de 2.500 pessoas participaram em algum pedaço da Caminhada. Onde quer que tenham ido, os caminhantes foram recebidos com respostas surpreendentemente positivas tanto pela mídia como por muçulmanos, cristãos ortodoxos e judeus. Só na Turquia, estima-se que 70% da população ouviu a mensagem. O prefeito da cidade de Istambul comentou: “Este projeto é muito importante para a Turquia. Você pode ver o quanto significa para o povo turco quando eles se enfileiram nos dois lados da rua e aplaudem”. O compromisso da Jocum em alcançar os muçulmanos e outros povos não alcançados deu outro passo adiante em 1995. Os líderes internacionais se reuniram e apontaram Jim Stier para o novo papel de Presidente. A liderança internacional então clarificou seu próprio papel, tomando um novo nome: Equipe de Liderança Global . Depois desta reunião, Jim Stier anunciou um novo alvo internacional: adotar para oração, pesquisa e ministério 1000 povos não alcançados até o ano 2000. Este foi um dos vários novos alvos que a Jocum estabeleceu depois de um importante evento em 1991. Naquele ano, Loren Cunningham visitou a pequena Ilha de Pitcairn, o ultimo dos 229 países do mundo a serem ministrados pela Jocum. Em junho de 1995, os últimos refugiados cambojanos saíram dos campos da Tailândia. Encerrava-se um capítulo da história da Jocum, mas começava outro. Experientes obreiros da Jocum que acompanharam os refugiados para casa, começaram ministérios de misericórdia no Camboja e pelo Sudeste da Ásia. Apesar de fundar igrejas não ter sido uma intenção imediata do trabalho com os refugiados, até meados dos anos 90, havia 52 igrejas no Camboja como resultado do testemunho cristão de apenas um campo de refugiados. Enquanto a Jocum se aproximava do ano 2000, seu 40º. aniversário, descortinava uma nova logomarca. Também se preparava para a inauguração do novo Presidente. Até o ano 2000 a Jocum tinha mais de 11000 obreiros de 130 países. Para refletir esta diversidade e liderá-la bem, a Jocum desenvolveu um novo papel de liderança, o Presidente Executivo, o qual Jim Stier assumiu, e tornou a presidência uma posição rotativa a cada três anos. Foi nomeado Frank Naea, que é samoano e maori, o primeiro Presidente não ocidental. Isso refletia a própria Jocum, que havia se tornado quase 50% não ocidental. No evento do 40º. aniversário da Jocum em Mangere, Nova Zelândia, a diversidade cultural foi celebrada juntamente com o novo presidente. A “Hui” (palavra maori para ajuntamento), apresentou expressões culturais de todos os tipos de quatro palcos com links de vídeo teleconferência em quatro continentes simultaneamente. "Eu saí impressionado”, comentou Loren Cunningham depois. “Impressionado que me tenha sido dada a oportunidade de fazer parte desta missão, que é tão diversificada e tão global, com pessoas tão maravilhosas. Eu gosto de estar com pessoas tão radicais. Eles podem ser radicais em seu louvor e celebração e no minuto seguinte em seu arrependimento e choro diante de Deus”. Ele acrescentou, “Penso que o futuro será muito mais glorioso que o passado. É isso que eu espero”. Em 2003, a Jocum alcançou outro marco quando os líderes concordaram em liberar os Navios de Misericórdia para se tornar um ministério separado. “Estávamos felizes em dar esta liberdade a eles”, disse Jim Stier. Ao mesmo tempo a Jocum desvendou um novo plano global chamado “4K” , para alcançar além, as partes mais necessitadas do mundo. Jim Stier disse: “Acredito que estamos à margem da maior multiplicação que já vimos em nossa família da Jocum”.